terça-feira, 22 de abril de 2008

Mapa global do metabolismo ajuda a explicar hipertensão

DA REUTERS Cientistas que mapearam as diferenças de metabolismo em amostras de urina de pessoas de diferentes povos ao redor do mundo descobriram que muitas das diferenças na pressão arterial não tem origem genética, mas sim nos hábitos alimentares das pessoas e em suas bactérias intestinais. Os pesquisadores esperam que a descoberta, publicada na revista "Nature", ajude a desenvolver novas drogas para combater a hipertensão.
A pesquisa analisou amostras de urina de 4.630 pessoas dos EUA, Reino Unido, Japão e China. De acordo com o líder do estudo, Jeremy Nicholson, do Imperial College de Londres, os padrões não parecem seguir a genética. "Têm a ver com dieta e estilo de vida e, também, com os microorganismos do intestino", disse.
Bactérias no intestino e no cólon ajudam na digestão, e muitos estudos recentes sugerem que as pessoas e suas bactérias intestinais têm uma relação simbiótica.
Alguns dos compostos liberados na digestão têm efeito semelhante ao de fármacos. Nicholson analisou a distribuição desses produtos, chamados de metabólitos, para tentar encontrar relação com doenças do coração. O estudo encontrou quatro compostos que podem ser relacionados com alterações na pressão arterial.
Cerca de 1 bilhão de pessoas sofrem com a hipertensão. Essa é a maior causa de AVCs (acidente vascular cerebral), de doenças cardíacas e de insuficiência renal.

Human metabolic phenotype diversity and its association with diet and blood pressure

Elaine Holmes et al. Nature advance online publication 20 April 2008 | doi:10.1038
Metabolic phenotypes are the products of interactions among a variety of factors—dietary, other lifestyle/environmental, gut microbial and genetic1, 2, 3. We use a large-scale exploratory analytical approach to investigate metabolic phenotype variation across and within four human populations, based on 1H NMR spectroscopy. Metabolites discriminating across populations are then linked to data for individuals on blood pressure, a major risk factor for coronary heart disease and stroke (leading causes of mortality worldwide4). We analyse spectra from two 24-hour urine specimens for each of 4,630 participants from the INTERMAP epidemiological study5, involving 17 population samples aged 40–59 in China, Japan, UK and USA. We show that urinary metabolite excretion patterns for East Asian and western population samples, with contrasting diets, diet-related major risk factors, and coronary heart disease/stroke rates, are significantly differentiated (P <>-16), as are Chinese/Japanese metabolic phenotypes, and subgroups with differences in dietary vegetable/animal protein and blood pressure6. Among discriminatory metabolites, we quantify four and show association (P <>P <>2, 7, are also associated with blood pressure of individuals. Metabolic phenotyping applied to high-quality epidemiological data offers the potential to develop an area of aetiopathogenetic knowledge involving discovery of novel biomarkers related to cardiovascular disease risk.

Nenhum comentário: