quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Luis Nassif, Veja e a blogosfera

Do blog do Pedro Doria

Algo de muito importante está acontecendo na blogosfera brasileira desde que Luis Nassif começou a publicar suas reportagens a respeito da revista Veja: a conversa mudou de patamar. Das picuinhas habituais entre blogs de esquerda e de direita, entrou no bate-boca algo novo.

Informação.

A picuinha política habitual do ‘meu roubo é menor que o seu’ é capaz, no máximo, de dizer que o outro é burro por ser de esquerda. Ou por ser de direita, tanto faz. Mau caráter por apoiar o governo passado. Ou o atual. O debate entre esquerda e direita não tem discutido qual o melhor projeto de educação para o Brasil. Ignora como deve ser feita uma redistribuição tributária. Ele é capaz de dar apelidos criativos para programas de uma administração ou de outra mas após a graça do apelido, de crítica criteriosa e bem argumentada não sobra muito. Uma pena.

A esquerda não gosta da Veja porque a revista é de direita. Ou porque se opõe ao governo corrente. São, ambos, argumentos de péssima qualidade. Primeiro porque num ambiente de plena liberdade de imprensa, um órgão de comunicação pode defender o tom ideológico que bem entender. Segundo porque imprensa tem mesmo que ser de oposição a qualquer governo. Terceiro porque o governo não precisa de defensores. Tem poder. Muito poder. Poder suficiente para voltar-se com raiva contra qualquer órgão de imprensa e tentar sufocá-lo, recusando-se a publicar anúncios. É o tipo de poder que governo nenhum deveria usar. (No Brasil, a federação é a maior anunciante.) O critério único para a publicação da publicidade estatal deveria ser circulação. Quem atinge mais leitores deveria ser privilegiado. É o tipo de poder que, por hábito, os governos sempre usam.

A obrigação que um órgão de imprensa tem para com seus leitores é o bem informar. Ela pode ter um ponto de vista, mas deve apresentar toda informação necessária para que o leitor possa fazer uma avaliação ele próprio dos fatos. Isto Veja não tem feito. Seleciona a informação que lhe convém. Não é a tradição da revista. É uma inovação. As reportagens de Nassif contam o como, o quando, o quem e o por quê.

Fatos não existem no vácuo. Têm contexto, interpretação e ponto de vista. Algumas informações que Nassif apresenta talvez venham a ser contestadas. É uma briga dura a que virá. Mas quem sai ganhando é o leitor pelo serviço prestado. Porque agora ele tem informação para sustentar o que pensa. O leitor do outro lado por certo está circulando os blogs oficiais ou oficialescos da direita procurando contra-argumentos. E alguém deveria ser capaz de oferecê-los. Quando o debate sobe um degrau, o da informação e não apenas da picuinha, o país ganha.

Nassif recorreu a um instrumento tradicional, o da reportagem, para levar a seus leitores a informação que coletou, certamente, após muitas entrevistas. (Dá trabalho informar.) Mas como foi via blog que divulgou, a blogosfera melhora. Temos uma blogosfera que não costuma informar muito, quanto mais produzir informação do zero. A esperança, agora, é que seguindo ele, sem histeria, alguém pegue as atividades da Secretaria de Comunicação do atual governo – ou mesmo do governo passado – e mostre seus hábitos. Quem é favorecido, quais seus critérios de distribuição de propaganda, qual a linha editorial habitual dos agraciados, quanto circulam.

Costumamos, jornalistas, cobrar das estruturas do governo e das grandes empresas que sejam transparentes. A imprensa – e, sim, isto inclui blogs – tem uma das tarefas mais delicadas da democracia. É a ela que cabe informar. É através dela que o público toma conhecimento do que acontece. Sem uma imprensa livre não é possível formar opinião. A mesma transparência que a imprensa cobra de governo e empresas deve ser cobrada de volta.

Provavelmente vai ter briga e vai ter polêmica. É do tipo saudável.

(Vale ler o que Carlos Castilho tem escrito a este respeito em seu blog, já foram três textos: um, dois, três.)

Um convite à boa educação

HOJE RECOMEÇAM as aulas em todas as escolas estaduais de São Paulo. Trata-se da maior rede do Brasil, presente nas 645 cidades paulistas, com 5.500 escolas e 300 mil funcionários, entre eles 250 mil professores. São 5 milhões de estudantes. Os números impressionam até mesmo os mais experientes gestores, do segmento público ou privado, educacional ou não.
Nesse universo de números gigantescos é que São Paulo, pela primeira vez na história da educação brasileira, tomará a iniciativa de dedicar os 42 dias iniciais do calendário letivo à recuperação de aprendizagem. Nas primeiras seis semanas do ano letivo, as escolas estaduais já começam com atenção especial a duas disciplinas, essenciais para o futuro dos alunos: matemática e língua portuguesa. Os 3,6 milhões de alunos de 5ª a 8ª séries e do ensino médio participarão. Como tudo em São Paulo, não é uma simples ação. Envolve 160 mil professores e 4.200 escolas estaduais.
Ao adotar essa medida, a Secretaria de Estado da Educação tem a certeza de estar cumprindo sua função de subsidiar as escolas com uma proposta para aprimorar competências imprescindíveis. Com matemática, leitura e escrita aprimoradas, os estudantes ganham estruturas de compreensão e intelecção de textos e para operações lógico-matemáticas. As habilidades permitem que haja prosseguimento no aprendizado, que ciências, geografia, enfim, outras áreas, se tornem fonte de conhecimento.
Alunos e educadores terão dois tipos de material: o "Jornal do Aluno" e a "Revista do Professor". O jornal contém atividades didáticas interessantes, que atraem os estudantes. Será o companheiro dos alunos nestes 42 dias. O material didático para os professores, a revista, traz 784 páginas de indicativos para os educadores.
A secretaria capacitou professores, supervisores, assistentes técnico-pedagógicos e diretores. Esse time terá o objetivo de reforçar matemática e língua portuguesa, mas sem abandonar os conteúdos obrigatórios. Por exemplo, as aulas de história darão ênfase à leitura e à interpretação de textos dos conteúdos previstos no currículo. As aulas de geografia abordarão seus conteúdos com ênfase em gráficos e estatísticas. Todas as disciplinas terão este enfoque.
As mudanças não param por aí. Seguida à recuperação intensiva, a secretaria implantará a nova proposta curricular para 5ª a 8ª séries e ensino médio. Os professores terão base curricular comum para o ensino em sala de aula. Terão um guia seguro com indicações e sugestões de trabalho. Para cada aula haverá indicação do que os alunos precisam aprender. Essa proposta curricular contou com a participação de toda a rede, com 3.000 idéias.
Essa ação é fundamental porque o professor de escola pública no Brasil, de modo geral, enfrenta seus desafios cotidianos sem uma referência mínima na qual se mirar. Poucos Estados brasileiros dispõem para oferecer às escolas esse material, no qual estejam incluídos os assuntos a serem abordados em cada disciplina em detalhes. A experiência mostra que professores com um apoio didático dessa natureza vão mais longe em sala de aula. Investir na organização estruturada de um currículo, como fizeram alguns países bem-sucedidos na educação, é fundamental.
A atenção aos alunos de 5ª a 8ª série e de ensino médio não tirou do governo do Estado a preocupação com a base, com a 1ª a 4ª série. São Paulo amplia neste ano o projeto Ler e Escrever, que, como meta principal, traz a obsessão em alfabetizar todos alunos com até oito anos. Queremos que até 2010 não haja criança com oito anos de idade sem saber ler e escrever.
Também com materiais estruturados, recuperação de estudantes em dificuldade e um professor auxiliar nas salas de 1ª série, ao lado do professor titular, vamos preparar nossas crianças para uma continuação escolar mais segura, com o aprendizado em dia.
O primeiro passo foi dado. O sucesso dessa iniciativa, a partir de hoje, depende do interesse e da vontade de todos os participantes -pais, professores, diretores e alunos- em fazer dar certo. Esses são os principais protagonistas da educação paulista. O convite está feito. Desejamos um excelente ano de trabalho a todos os nossos professores e alunos.

MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO , 61, é professora da Unicamp e secretária Estadual de Educação. Foi secretária-executiva do Ministério da Educação e presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

Ensino público de qualidade

FERNANDO HADDAD E ROBERTO MANGABEIRA UNGER

MELHORAR A qualidade do ensino público é hoje reconhecida prioridade da nação. Para traduzir esse consenso em ação, colaboramos em duas iniciativas. A primeira é a construção de uma rede de escolas médias federais, com dimensão técnica e profissional. A segunda é proposta para reconciliar a gestão das escolas pelos Estados e municípios com padrões nacionais de investimento e qualidade.
O projeto da rede de escolas federais aprofunda e amplia a concepção das escolas técnicas federais que já estão em construção. Quando alcançar a dimensão prevista, essa rede deve absorver cerca de 10% do universo de matrículas da escola média. Muito mais, portanto, do que projeto piloto, para poder surtir efeito transformador. Muito menos, porém, do que o universo total das matrículas da escola média, para reforçar, em vez de substituir, o esforço dos Estados, aos quais cabe, nesse campo, a responsabilidade principal.
São três os objetivos do projeto. Deles resultam as diretrizes que o devem pautar. O primeiro é consertar o elo fraco do nosso sistema escolar: o ensino médio. Recentemente, houve parada e, em alguns momentos, até queda no número de alunos matriculados no ensino médio. É preciso fazer mais do que os Estados fazem agora.
O segundo objetivo é aproveitar a escola média como lugar privilegiado para mudar o paradigma pedagógico dominante no ensino brasileiro. A tarefa é ultrapassar o ensino enciclopédico e informativo sem cair em modismos pedagógicos. O foco deve ser em capacitações básicas: nos métodos de análise verbal e numérica e no uso criterioso da informação. O aprofundamento seletivo é, para isso, mais útil do que a superficialidade abrangente. E o requisito para que essa mudança se efetue é a formação do professorado. O magistério deve ser organizado, com a ajuda do governo federal, como carreira nacional.
E contar com oportunidades de atualização ao longo da carreira. O terceiro objetivo é inovar na prática do ensino técnico e profissional.
Não basta oferecer ensino tradicional de ofícios rigidamente especializados. Esse é um modelo de aprendizagem vocacional que está em crise em países como a Alemanha, que nele tradicionalmente se distinguiram. Não basta por razões práticas. O trabalhador do futuro precisa dominar conjunto de capacitações conceituais e práticas genéricas. Não basta por razões políticas. Não queremos contraste entre ensino generalista para as elites e ensino especialista para as massas.
Nossa segunda iniciativa tem a ver com problema fundamental do nosso ensino, com analogias em todos os setores da política social: como reconciliar a gestão local das escolas com padrões nacionais de investimento e de qualidade. A qualidade do ensino que uma criança recebe não deve depender do acaso do lugar onde ela nasce.
Para que se reconciliem esses dois imperativos, precisamos de três instrumentos. No primeiro -sistema nacional de monitoramento e avaliação-, já avançamos com a Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No segundo -mecanismo para redistribuir recursos e quadros dos lugares mais ricos para os mais pobres-, começamos, com o Fundeb, a avançar. Porém, no terceiro -um procedimento de reparação quando, apesar de todos os esforços, uma rede escolar local não consiga atingir patamar mínimo-, demos apenas um primeiro passo, com os Planos de Ações Articuladas, previstos no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que torna realidade o regime de colaboração.
Resta perguntar o que se deve fazer se, apesar dos esforços conjuntos, alguns municípios não conseguirem oferecer ensino respeitando patamar mínimo de qualidade. É preciso pensar formas mais complexas de associação entre os governos federal, estaduais e municipais, em órgãos conjuntos que possam vir em socorro de qualquer rede escolar local em dificuldades. Não se trata de fazer com que um governo usurpe poderes de outro. Mas de seguir o caminho de flexibilização do federalismo que caracteriza as democracias federativas contemporâneas mais desenvolvidas.
São iniciativas destinadas a emancipar o povo brasileiro. Precisam ser debatidas em todo o país, para que se corrijam seus defeitos e se aproveite seu potencial. Nosso país fervilha de energia humana desequipada e dispersa. Só precisa de instrumentos, sobretudo dos instrumentos capacitadores da educação. Lutemos para transformar o espontaneísmo inculto em flexibilidade preparada. É o que de mais importante o povo brasileiro pode hoje fazer para si mesmo.

FERNANDO HADDAD , 45, advogado, mestre em economia, doutor em filosofia, é ministro da Educação.
ROBERTO MANGABEIRA UNGER, 60, professor titular da Faculdade de Direito da Universidade Harvard (licenciado), é ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos e ex-colunista da Folha.

A brasileira deserdada

Por Andre Araujo

Um dos melhore serviços diplomáticos do mundo, o nosso Itamaraty, tem um estranho viés de inferioridade na defesa dos nacionais brasileiros no exterior. Fazem o diabo com brasileiros, humilham, prendem, deportam, como no caso da professora de fisica da USP, Patricia Camargo Magalhães, detida por tres dias no aeroporto de Barajas em Madrid, em uma sala de 9 metros quadrados, jogada no chão, no meio de 30 outros detidos,sem sequer poder usar escova de dentes, quando iria do Brasil para participar de um congresso de Física em Lisboa, com escala em Madrid.

O que aconteceu foi inominavel. Detida, identificou-se, apresentou o convite para o Congresso, deu referencias, o seu orrientador na USP enviou um fax referendando sua condição, de nada adiantou. Depois desses infernais tres dias de detenção, foi deportada.

O que fez o Brasil, representado pelo seu Governo e este pelo Itamaraty no exterior? Nada.

O Consulado em Madrid não se mexeu. É inacreditavel.

Um dos maiores paises do mundo, por extensão e interesses internacionais, com uma economia respeitada, não sabe se dar ao respeito.

Convocaram o Embaixador espanhol em Brasilia para protestar? Claro que não.

Retaliaram como poderiam fazercom relação a espanhois no Brasil? Nem pensar. Como fica o complexo de inferioridade, tão caro aos nossos diplomatas?

Pois um dos principais motivos para existirem Embaixadas e Consulados é defender os nacionais do País no exterior. Não para o Itamaraty. Ficar mal com o anfitrião? Nunca.



enviada por Luis Nassif

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Epidemiology: Emerging diseases go global

Mark E. J. Woolhouse1

Novel human infections continue to appear all over the world, but the risk is higher in some regions than others. Identification of emerging-disease 'hotspots' will help target surveillance work.

The steady stream of outbreaks of new or unexpected infectious diseases is a much-discussed issue in the field of public health1, 2 and has even acquired its own dedicated scientific journal3. But for many years research has generally taken a case-by-case approach to understanding why new infections emerge. Now, Jones et al.4 (page 990 of this issue) have published a systematic, quantitative analysis of recent global patterns of disease emergence. Their work provides insight into the ecology of emerging diseases, and has practical implications, providing pointers for the design of international surveillance programmes.

Jones and her colleagues began by collating data on what they call emerging infectious disease 'events' — that is, outbreaks of human disease associated with a new species or variant of an infectious agent (which could be any type of pathogen, from a virus to a parasitic worm). A painstaking review of the literature going back to 1940 turned up more than 300 such events, most of them involving bacteria (Box 1). (The database is published in full as supplementary information to the paper4 and is itself a valuable resource.) The authors then quantified variation in the frequency of these events decade by decade across the world, and carried out a series of statistical analyses to look for relationships with other variables, ranging from human population growth to rainfall patterns.

Before discussing their results, several issues that bedevil this kind of analysis should be acknowledged: how to define 'emerging'5; choosing the appropriate taxonomic unit of study6; making statistical allowance for groups of closely related pathogens sharing characteristics7; and ascertainment or reporting bias8. There are no definitive solutions to these problems, but Jones et al. fully explain and justify their approach, and are careful not to over-interpret their data.

The frequency of events rose to a peak in the 1980s and has since fallen (despite rising reporting effort). Jones and colleagues suggest that the peak might reflect the onset of the AIDS pandemic, creating a large (and still expanding) population that is highly susceptible to concomitant infections. The raw data also suggest that most events occur at higher latitudes — and particularly in Europe and North America (Box 1). This initially unexpected result is explained partly as an artefact of greater reporting effort, which, in turn, implies significant under-reporting in other parts of the world. Once reporting bias is accounted for, it becomes clear that, in general, most emerging infections are found where there are most people (rather than, as might have been supposed, on the remote fringes of human society).

Beyond these general patterns, there were some variations between different types of infection. Zoonoses (human infections shared with other vertebrates) were the most important category, accounting for 60% of events. This conclusion echoes that of earlier studies on the animal origins of human disease over both ecological and evolutionary timescales9, 10. Jones et al. also confirm reports that zoonoses associated with wildlife were particularly important11, but go on to show that the frequency of such events correlated with mammalian species richness (by contrast, no such correlation was found for infections associated with domestic animals). This result is neatly consistent with two previous observations: first, that many emerging pathogens have a broad host range12; and second, that a wide range of other mammals (and some birds) is associated with novel human pathogens13.

Jones et al.4 also stress the importance of drug-resistant infections. These account for more than 20% of events, mostly involving bacteria, and are especially common at higher latitudes — that is, in more developed regions where the use of antimicrobials is presumed to be greatest. Another major category is vector-borne infections. These also account for more than 20% of events and are currently on the increase, possibly linked to climate change, although other explanations cannot be ruled out.

Clearly, we must expect more infectious diseases to emerge in the near future. Jones and colleagues extrapolate their statistical analysis to generate risk maps that correct for current biases in reporting effort. The maps suggest that there are potential 'hotspots' of disease emergence — particularly in central America, tropical Africa and south Asia — that warrant greater surveillance. These findings support calls for international investment in the capacity to detect, identify and monitor infectious diseases, targeted at regions of the world where the need is greatest14. The benefits would not just be felt locally: in an era of increasing globalization, emerging infectious diseases are everybody's problem.

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References

  1. Institute of Medicine Emerging Infections: Microbial Threats to Health in the United States (National Academies Press, Washington DC, 1992).
  2. Institute of Medicine & Board on Global Health Microbial Threats to Health: Emergence, Detection, and Response (National Academies Press, Washington DC, 2003).
  3. Satcher, D. Emerg. Infect. Dis. 1, 1–6 (1995). | PubMed | ChemPort |
  4. Jones, K. E. et al. Nature 451, 990–993 (2008). | Article |
  5. Woolhouse, M. E. J. & Dye, C. Phil. Trans. R. Soc. Lond. B 356, 981–982 (2001).
  6. Tibayrenc, M. Trends Parasitol. 22, 66–70 (2006). | Article | PubMed |
  7. Harvey, P. H. & Pagel, M. D. The Comparative Method in Evolutionary Biology (Oxford Univ. Press, 1991).
  8. Stephens, D. S. et al. Am. J. Med. Sci. 315, 64–75 (1998). | Article | PubMed | ISI | ChemPort |
  9. Taylor, L. H., Latham, S. M. & Woolhouse, M. E. J. Phil. Trans. R. Soc. Lond. B 356, 983–989 (2001). | Article | ISI | ChemPort |
  10. Wolfe, N. D., Dunavan, C. P. & Diamond, J. Nature 447, 279–283 (2007). | Article | PubMed | ISI | ChemPort |
  11. Cleaveland, S., Laurenson, M. K. & Taylor, L. H. Phil. Trans. R. Soc. Lond. B 356, 991–999 (2001). | Article | ChemPort |
  12. Woolhouse, M. E. J. & Gowtage-Sequeria, S. Emerg. Infect. Dis. 11, 1842–1847 (2005). | PubMed |
  13. Woolhouse, M. & Gaunt, E. Crit. Rev. Microbiol. 33, 231–242 (2007). | Article | PubMed |
  14. King, D. A., Peckham, C., Waage, J. K., Brownlie, J. & Woolhouse, M. E. J. Science 313, 1392–1393 (2006). | Article | PubMed | ChemPort |

Forward with biofuels

Cellulosic biofuels are part of an emerging US energy policy, from which other regions can learn.

Nature 451, 865-866 (21 February 2008)

The energy law signed on 19 December by President Bush lays out a bold mandate for biofuels. As well as broadly ensuring that the United States remains home to the largest biofuels industry in the world in the coming decade, the law takes an important step forward by recognizing that all biofuels are not created equally. From 2016, refiners must begin to switch to cellulosic ethanol and other advanced biofuels that do not rely on corn sugars, and these fuels will have to meet new standards for reducing greenhouse-gas emissions compared with standard petrol.

That's the good news. The bad news is that, in the short term, this mandate will merely bolster the corn ethanol empire, which is far from ideal given the accumulation of evidence against the current generation of biofuels. The latest research suggests that any fuel that competes with food also encourages farmers around the world to expand their operations into native lands. Doing so causes a spike in emissions — from carbon once locked up in plants and soil — that might well outweigh the long-term benefits of the biofuels themselves.

Cellulosic ethanol, which can be produced from prairie grasses, municipal waste or just about any carbon-based materials, might well resolve these problems by expanding the feedstock away from food crops (see page 880). Exciting research is also under way on a third generation of synthetic biofuels — designer fuels secreted by specially engineered microorganisms. But although such 'novel molecules' could resolve a host of infrastructure issues that are unique to ethanol, they don't amount to much more than fancy corn fuels unless the feedstock question is resolved. From a research and development perspective, the priority must remain cellulosic conversion.

Money and talent are flowing into the energy arena from both private and public sectors, but these technologies have yet to advance beyond the realm of pilot plants and press releases. The next few years will be critical as the industry tries to bridge the gap from demonstration projects to commercial-scale production. If the new biofuels fulfil their promise, they may well naturally supplant corn ethanol, in which case the mandate will have done what it is supposed to do. If not, Congress may need to step in again.

All of this should serve to remind policy-makers that the science of biofuels is still evolving, as are the tools for tracking greenhouse-gas emissions. It also underscores the need for sustained attention to energy issues (including energy efficiency, a doubling of which would enormouslyamplify the benefits of biofuels). That sounds like a truism but in fact would represent a novel and important shift from the episodic, crisis-driven attention paid to this issue in decades past. Fortunately this is starting to happen. When the United States enacted a comprehensive energy law in 2005, lawmakers touted it as the first major reform in 13 years. Congress passed another major bill in December, and global-warming legislation may well be just around the corner.

Across the Atlantic, European nations are struggling with the same issues — and still have time to learn from the United States' mistakes. Rather than promoting all biofuels, they should ensure that their policies support those second-generation technologies that will provide the biggest pay-off. The European Commission recently released a plan targeting biofuels for 10% of transportation fuels by 2020. Commission president José Manuel Barroso said the proposal would create "the most comprehensive and sustainable system anywhere" for certifying greenhouse-gas emissions from biofuels. The European Union and its member states need to ensure that they follow through.

Lula, meu álibi

No 13o capítulo do Dossiê Veja, mostro as fragilidades do tal dossiê italiano, e de como Diogo Mainardi e Eurípedes Alcântara ignoraram cartas de esclarecimento e deram sequência a uma fraude jornalística. Clique aqui.

E sempre seguindo o ritual da blindagem: tratar de enxertar qualquer coisa sobre Lula, para garantir a blindagem perante os leitores.

Comentário

Atenção, quem está reproduzindo o texto. Agora de manhã fiz uma pequena copidescagem para torná-lo mais claro, já que a primeira versão terminou de ser escrita de madrugada.

Solicito quem atualizem a versão.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O Caso de Veja: o post-it de Mainardi

Alem da virtualidade da Internet, “O caso de Veja” está permitindo uma análise em tempo real da maneira como a revista passou a ampliar sua atuação em defesa de Daniel Dantas (clique aqui).

No Capítulo 12 – “O post-it de Mainardi” – a maneira como o colunista da Veja chantageou em seu podcast, publicou denúncias em sua coluna semanal, sustentando que os informantes eram suas “fontes italianas”. E como o próprio documento divulgado mostrava que a fonte era brasileiríssima. Mais que isso: o post-it (chamado de bookmark no PDF) revela que os grampeados eram adversários de Dantas. Aparentemente quem encaminhou o documento deixou escapar essa informação essencial.

Na seqüência, alguns exemplos didáticos de como se dá a articulação na mídia visando influenciar a Justiça.

Comentário

O comentarista Justo preparou um endereço no Blogspot, para quem tiver dificuldades em mandar o link com a série. Clique aqui.

Comentário 2

Aqui, a série em PDF, gentilmente preparada pela rapaziada da Dinheiro Vivo.

Momentos de catarse e a mídia Em PDF

A mudança de comando Em PDF

A guerra das cervejas Em PDF

O caso André Esteves Em PDF

O caso COC Em PDF

Primeiros ataques a Dantas Em PDF

Assassinatos de reputação Em PDF

O quarteto de Veja Em PDF

Os primeiros serviços Em PDF

O caso Edson Vidigal Em PDF

O dossiê falso

O bookmark de Mainardi