Sei que é cruel essa história de comparar verbas para dois tipos diferentes de doenças crônicas. Parece aquelas escolhas entre qual filho pode sobreviver, qual não. Mas a diferença de tratamento entre o atendimento à AIDs e à hepatite tipo B (mais mortal) é gritante.
Aliás, a diferença entre os juros pagos pelo BC e as verbas de saúde é gritante.
Recebi esse e-mail do “Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite”.
ORÇAMENTO TOTAL PARA 2008 DE R$. 295.428.000,00
Considerando que existem no Brasil entre 5 e 6 milhões de brasileiros infectados com as hepatites B e C, o valor previsto no orçamento para todo o ano de 2008 representa R$. 57,00 por infectado.
Comparando com a AIDS, que reserva R$. 3.800,00 para cada infectado, um doente de hepatite vale para o Ministério da Saúde 1,5% daquilo que vale um infectado pelo HIV/AIDS.
A omissão do ministério da saúde resulta em injusta desigualdade já que 1 de cada 3 infectados com HIV/AIDS recebe tratamento. Na hepatite C somente 1 de cada 350 infectados recebe tratamento e na hepatite B somente 1 de cada 1.000 infectados se encontra em tratamento.
A censura pode ser confirmada na página do Programa DST/AIDS. A mais disseminada DST na população, a hepatite B, com dois milhões de infectados e possibilidade de transmissão entre 20 e 100 vezes mais fácil que a AIDS é omitida (censurada) pelo programa nacional que cuida das doenças sexualmente transmissíveis. 14 DST estão relacionadas e explicadas. A hepatite B sequer e citada.
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